segunda-feira, 26 de setembro de 2011

"Paca, tatu, cutia não, Juraci Siquira!" vira filme


O Poeta e escritor paraense Juraci Siqueira é homenageado na IV Feira do Livro da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará. Na homenagem, registrada em CAM digital, o Uni Escola Cinema faz a cobertura da presença de Juraci no meio das crianças da Educação Infantil da instituição.

As imagens ficaram tão especiais, não somente como memórias de um poeta e escritor que dedica sua literatura e alma à cultura e imaginário Amazônico, mas também em favor da educação. Tá na hora de fazermos um registro das investidas deste profissional nas escolas por onde passa deixando um pouco de seu talento e histórias contadas por ele mesmo. Rodas de crianças, professores, comunidades convidadas, todos se declinam para a simpicidade das palavras e gestos do homem-boto, como se define Siqueira, e se encantam com poemas e corações distribuídos.

Distribuidor de corações, recortes de papel de todoas as cores, o poeta faz sua performance e, ao mesmo tempo, divulga sua literatura, que já ocupa boa parte do cenário educacional nas escolas paraenses e amazônidas. A Escola de Aplicação, neste ano de 2011, escolheu a obra "Paca, tatu, cutia não" como recorte e instigou os alunos, crianças, a desenvolverem ações criadoras como desenho, pintura, teatro de bonecos, música e dança. Foi uma festa na escola com a presença dos responsáveis e a comunidade em geral.

À parte, o cineasta Darcel Andrade foi convidado a registrar essa memória e sugeriu a produção do curta-metragem "Paca, tatu, cutia não, Juraci Siqueira!", inspirado no tema da feira.  Com o aval dos diretores e  coordenadores, o filme já foi apresentado na XV Feira Pan-Amazônica do Livro, no Hangar Centro de Convenções, em Belém do Pará, onde Juraci Siqueira é figura de todos os anos. São dois formatos: um de longa duração para cotemplar quase todos os atores envolvidos; o outro é um curta-metragem de 15 min mais compacto, onde Juraci é o protagonista do início ao fim. Este último, pode ser trabalhado em sala de aula com tranquilidade, quando o assunto for literatura infantil paranse.

Nos dois formatos, Juraci canta música de Rui Barata, declama poemas de sua autoria e faz uma homenagem ao príncipe dos poetas paraenses, Alonso Rocha, da Academia Paraense de Letras. Profª Solange, Coordenadora de Educação Infantil da Escola de Aplicação foi quem nos deu a motivação para a realização deste projeto, ela e todo  a sua equipe na ficha técnica na capa do DVD, acima.  




Uma Escola para educar o olharhttp://quadro-magico.blogspot.com/2011/09/uma-escola-para-o-olhar.html

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Uma escola para o olhar



Diariamente somos expostos a um sem número de imagens e sons. Eles vêm de todos os lados: TVs, computadores, celulares. E câmeras, cada vez mais câmeras. Mas as escolas normalmente não preparam crianças para entender a linguagem audiovisual. Será que estamos aptos a produzir, interagir e refletir sobre esse conteúdo? Tudo indica que não: com referenciais restritos, nos tornamos incapazes de responder à avalanche midiática ao redor.

Fundada no fim do ano passado, com patrocínio do Funcultura, a Escola Engenho procura agir nessa lacuna. É um projeto pioneiro, voltado para alunos do ensino público, com idades entre 6 e 12 anos, e realizado por um grupo de cineastas, fotógrafos e técnicos liderados por Mariana Porto. Não se trata de ensinar a fazer um filme. O objetivo é estimular a criticidade e o senso ético e estético das crianças.

“As imagens têm um poder arrebatador”, diz Mariana. “Procuramos ampliar o repertório dos alunos para que eles não sejam reféns e aprendam a se posicionar diante delas”. Como se trata de algo inédito, a busca é sistematizar a própria metodologia. “Nosso foco não é conteudista. Não tratamos o cinema enquanto discurso ou linguagem pura. As crianças não funcionam mediadas pela razão. Elas vêm aqui para brincar. Se usamos palavras demais, perdem a atenção. É um mundo muito concreto. Nesse primeiro momento, nós aprendemos mais do que eles”.

As oficinas deste primeiro ano foram ministradas por Marcelo Pedroso, Thelmo Cristovam, Tuca Siqueira, Gê Carvalho, Ana Lira, Caio Sales e Val Lima. Outros vêm se aproximando do projeto, como Daniel Bandeira. “O cinema é trabalhado enquanto prática, daí a importância de ter pessoas que de fato tenham vivência profissional”, afirma Mariana. “A necessidade de se concentrar, planejar ações e agir colaborativamente são valores que estão sempre em foco, e que nós julgamos edificantes não somente da vida de cada um, mas como pressuposto de convivência”.

Vivência - Inicialmente, as crianças se aproximaram através de um cineclube. Agora, organizam a própria filmoteca. A convivência entre oficineiros, monitores, convidados e as crianças leva a novas experiências. Ivan Pereira, o caçula da turma, adorou assistir ao curta paraibano Sweet Karolyne, de Ana Bárbara Ramos. Se identificou com a pobre galinha, prestes a ser degolada. Em outra aula, usou a câmera para filmar do ponto de vista de um gato, inspirado em Alice no País das Maravilhas. Na aula de som, um estetoscópio foi utilizado para ouvir os sons do corpo e uma história inteira foi contada somente com áudio.

“Nunca tinha sonhado em entrar num estúdio”, diz Daiane de Oliveira, sobre a visita à base da Cabra Quente Filmes. Otávio Campos aprendeu a identificar personagens através de cores: “se ele é calmo é azul, verde ou rosa; estressado, é amarelo, vermelho ou laranja”. “E se é sério, é branco, preto ou cinza”, completa Ruan Torres.

Entre os desafios enfrentados pelas crianças, está a de suportar o silêncio e até mesmo parar de falar para ouvir o outro. “Não dá pra ensinar a viver uma experiência estética, mas sim, a ampliar a sensibilidade. Procuramos algo que extrapola o audiovisual e vai para o campo da cidadania”, explica Mariana.

Quinta-feira passada foi o último dia de aula da primeira turma, no antigo Centro de Treinamento da Sudene, próximo à UFPE. Prevista para o começo do ano que vem, a segunda turma da Escola Engenho reunirá os alunos veteranos, mo papel de guias dos novatos. Vinte vagas estão disponíveis para alunos do ensino público do Engenho do Meio, Roda de Fogo e Sítio das Palmeiras. Mais informações: 8666-3456 e escolaengenho@gmail.com

Depoimentos

"Não achei que dava para aprender a assistir a um filme.
Fui ficando, principalmente, porque aqui eu uso a imaginação”
João Pedro Carvalho

"Quando passa um filme na TV, agora a gente sabe como ele é feito”
Vivian Guimarães

"Em casa, a gente assiste aos filmes e esquece; aqui, a gente conversa e o filme fica na memória”
Dayane de Oliveira

(Diario de Pernambuco, 26/09/2011)

O Ajuntador de cacos, de Paulo Miranda, estréia em Vigia http://www.uepa.br/portal/ascom/ler_detalhe.php?id_noticia=1860853

http://www.uepa.br/portal/ascom/ler_detalhe.php?id_noticia=1860853
notícias - 26.09.2011

Semana Acadêmica de Vigia encerra com Mostra de Cinema

I Mostra Uni Escolas Cinema ‘Vigia em Cena’ encerrou as atividades da V Semana Acadêmica do Campus da Universidade do Estado do Pará (Uepa), no município. A Mostra, que ocorreu na tarde da última sexta-feira (23), na Escola Kennedy, exibiu filmes produzidos e finalizados no Pará.

O documentário longa-metragem ‘O Ajuntador de Cacos’, de Paulo Miranda, contou a história do padre italiano Giovanni Galo, que escolheu os municípios de Santa Cruz do Arari e Cachoeira do Arari, na Ilha do Marajó, para viver e evangelizar. Já ‘Me dê a Mão’, de Cristiano Andrade, narrou a história de um poço encantado, que se torna o ponto de encontro entre duas almas. O filme é produzido e finalizado em Vigia de Nazaré.

O público também conferiu ‘Rios de Saberes - Educação do campo na Amazônia’, que temdireção do professor da Uepa, Darcel Andrade e Salomão Hage.

A programação da última sexta contou com a presença dos diretores das produções, da comunidade acadêmica, professores e alunos das Escolas Públicas.

Saiba mais sobre a V Semana Acadêmica

Saiba mais sobre o Uni Escolas Cinemas

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