terça-feira, 20 de setembro de 2011

Cinema Urbano com Ativistas cineclubistas rodam documentário de Cosme e Damião


Com tantas datas para comemorar no país inteiro, a tradição de Cosme e Damião adquiriu, em Belém do Pará, uma dimensão simbólica marcante, segundo a qual a própria comunidade tomou as rédeas de seu processo histórico-mítico para conduzir os destinos/desígnios de seu inconsciente coletivo, coisificado nas suas manifestações culturais.
Assim sendo, a tradicional procissão de São Cosme e Damião que ocorre há cerca de vinte e cinco anos – sempre no dia 27 de setembro - pelas ruas dos bairros do Jurunas e da Cidade Velha vai ser transformada em documentário audiovisual numa cena coordenada por um coletivo de ativistas associados e solidários do CINECLUBE AMAZONAS DOURO e da REDE APARELHO.
A ação, que fortalece a retomada de atividades do Cineclube Estrela Guia, que funciona no Terreiro de tradição afro-religiosa de mesmo nome, tem o apoio da PARACINE – Federação Paraense de Cineclubes, e CNC – Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros, e, claro, da Escola de Samba Deixa Falar, presidida pelo sacerdote do Terreiro Estrela Guia, Esmael Tavares.
O grêmio recreativo cultural e carnavalesco DEIXA FALAR, foi fundado em 23 de Abril de 1992 na Rua Cesário Alvim, 391-A, Bairro da Cidade Velha em Belém do Pará. Suas cores são azul e branca, seu símbolo é o papagaio. Já o Terreiro Estrela Guia nasceu em 20 de janeiro de 1966 pelas mãos da Senhora Maurícia Primo de Sousa, Mãe Santa, para cultuar Rei Sebastião e Don João Rei de Mina.

Sincretismo – Toda essa mistura só tem sentido num país sincrético, portanto, afirmar as mais diversas religiões de matrizes africanas é mais que um desafio. Muito da nossa afro-religiosidade também sustenta a tradição cristã. Assim sendo, São Cosme e São Damião – que são cultuados pelo catolicismo – são sincretizados com os Ibeji São Crispin e Crispiniamo. Os Ibeji são chamados de Erê e, também, de Curumi. Também chamados "crianças", a falange de Ibejí é composta de meninos e meninas de todas as raças e idades.
De acordo com a UNI-AFRO, em geral, as cores que os representam são o azul e o rosa, geralmente conjugados com o branco. Além de protegerem as crianças, Cosme e Damião são também considerados padroeiros dos médicos e farmacêuticos. Assim sendo, variam as datas de comemoração destes santos/entidades: dia 26 de setembro (Igreja Católica); dia 27 de setembro (cultos afro-brasileiros; e 25 de outubro (Terreiros de Umbanda).

Documentário e Cineclube – O Cineclube Estrela Guia nasceu em parceria com o Cineclube Amazonas Douro, em 2009, tendo realizado algumas sessões não periódicas, mas sempre com objetivo de agregar a comunidade e com esta discutir questões que lhe são de interesse. Com a definição do enredo da DEIXA FALAR para o carnaval 2012 (MARUJADA, É BRAGANTINA, É PARAENSE, É BRASILEIRA - carnavalesco Eduardo Wagner), e dos conseqüentes processos de pré-estruturação e de preparação para o desfile do carnaval, a comunidade achou por bem retoma as projeções cineclubistas, mas desta vez com enfoque na formação dos quadros cineclubistas para que estes também se tornem cine-ativistas.

Cinema e tecnologia do possível - Assim sendo, ficou decidido a urgência de pelo menos dois minicursos com foco no conceito e obtenção de fotografias além do conceito e práticas de montagens a partir de equipamentos e softwares de fácil manipulação, sob a responsabilidade voluntariosa dos cineclubistas Arthur Leandro (CNC) e Francisco Weyl (PARACINE). Os dois, aliás, entram em campo neste domingo, em oficina que vai delinear diretrizes para o documentário de SÃO COSME E SÃO DAMIÃO, realizado de forma coletiva por cineclubistas do ESTRTELA GUIA/DEIXA FALAR. O minicurso intensivo acontece das 8 ás 14hs deste domingo, 24 de setembro, na DEIXA FALAR. E o documentário, dia 27, a partir das 7hs da manhã, nas ruas do Jurunas e da Cidade Velha.


©
FRANCISCO WEYL
Carpinteiro de poesia e cangaceiro de cinema

Com a palavra, os vencedores da 3ª edição do Claro Curtas, do site http://www.clarocurtas.com.br/noticias/noticias/detalhe/com-a-palavra,-os-vencedores-da-3-edicao-do-claro-curtas

http://www.clarocurtas.com.br/noticias/noticias/detalhe/com-a-palavra,-os-vencedores-da-3-edicao-do-claro-curtasOs contemplados nas diferentes categorias criadas este ano contam o que os motivou a participar do festival, como foi o processo de criação de seus vídeos e, claro, celebram suas conquistas. Confira os depoimentos. 06/09/2011[Image]Foto: DragoPoucas ocasiões são tão contagiantes quanto uma premiação. Não tanto pelos prêmios, mas especialmente porque um ciclo de esforço e trabalho se encerra com celebração. Assim foi a cerimônia de encerramento da 3ª edição do Claro Curtas: animada, instigante, com aquele gostinho de “quero mais”.

Esse foi o tom dos depoimentos dos vencedores do evento, nas diferentes categorias competitivas do festival. Eles receberam seus prêmios (câmeras e valores em barras de ouro para os realizadores e equipamento de edição para as instituições a que estão ligados) após o encerramento do Seminário Claro Curtas, que aconteceu no Museu de Imagem e do Som de São Paulo – MIS-SP, no último dia 23 de agosto.

Grande parte dos finalistas esteve presente na ocasião, acompanhados de familiares e amigos, que vibraram junto com os ganhadores quando foram anunciados os prêmios. Outros desfrutaram da festa através da transmissão ao vivo do evento, disponibilizada no dia aqui no site.

Conversamos com os vencedores para saber detalhes de sua experiência, desde a ideia para realizar os curtíssimas até os planos para o futuro, passando pela motivação para se inscrever no festival. Confira os destaques abaixo.

Compartilhar ideias
O curitibano João Krefer, realizador de “Julho”, vencedor na categoria Universitários pelo voto da comissão julgadora conta que, no ano passado, sua primeira experiência de gravar um vídeo com celular o fez pensar no alcance que poderiam ter suas histórias. “Queria muito trabalhar com mídias móveis e, claro, também aproveitar a oportunidade de participar de um festival. O que eu acho interessante do Claro Curtas é a proposta de colocar os vídeos na internet e buscar um alcance realmente amplo. Por exemplo, o fato de que os finalistas das edições anteriores estejam disponíveis no site me pareceu ótimo. É muito importante que as pessoas realmente assistam aos nossos filmes”. 
Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=MVQ9sl8PS0M

O tempo do agora
“Pensamos em princípio: é um tema quase livre. Mas, ao mesmo tempo, era preciso chegar a uma abordagem específica. Começamos com a ideia de passagem do tempo, até que chegamos nessa história para mostrar a convivência de ritmos diferentes. O do caracol, mais lento, e o do homem”, explica Daniel Saraiva Rabanéa sobre o vídeo “Fome de tempo”, ganhador, pela comissão julgadora, da categoria livre. Daniel é de São Paulo, capital, foi um dos finalistas da edição anterior do Claro Curtas.
Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=emtyutxw8Zs

Trabalho em equipe
Agner Rebouças, que recebeu menção honrosa pela animação “Ação e Consequência” na categoria Universitários, diz que o grafite é referência constante para trabalhos que realiza em vídeo ou em outras plataformas – sempre com os companheiros do coletivo paulistano Grafite com Pipoca, do qual faz parte. “Trabalhamos normalmente com uma câmera digital simples, spray, papel e parede. Cada um coloca parte do material e do equipamento que usamos. Juntos, vamos realizando nossos projetos”.
Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=s8bvUZqMD-Y
De vídeo em vídeo
Para Daniel Varlese e os irmãos Ana Clara e Francisco Isensee, de “A segunda lei da termodinâmica”, que conquistou a comissão julgadora na categoria Alunos de Ensino Médio, participar do festival, junto à satisfação de ter um curta premiado, é um estímulo para pensar na carreira universitária que querem seguir. Daniel pretende estudar Artes Cênicas, enquanto Ana Clara e Francisco querem se envolver com audiovisual. Eles são unânimes ao falar da maior presença do vídeo nas aulas que têm no Colégio Domus, de São Paulo (SP), onde estudam atualmente: “Este ano, começaram a surgir mais trabalhos com audiovisual. Talvez os professores estejam prestando mais atenção nisso”, opinam.
Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=xdNnl1n6614

Stefany Wieh é professora do Colégio Estadual Getúlio Vargas, a única instituição de ensino médio do município Pedro Osório, Rio Grande do Sul, e concorda com Daniel, Ana Clara e Francisco. “O uso das tecnologias na escola e da linguagem audiovisual na atualidade é tão importante, em minha opinião, quanto aprender a ler e escrever. É fundamental para o aluno fazer leituras do mundo em que vivemos hoje”. O Getúlio Vargas é o colégio onde estuda Augusto Gowert Tavares, cujo vídeo “A cor do tempo” recebeu a maioria dos votos do público na categoria Alunos de ensino médio.

Dose dupla
João Paulo Miranda, Isadora Torres e Cláudio Torres, do vídeo “Brás Cubas – Delírios”, celebraram os dois prêmios (Comissão Julgadora e Júri Popular) que o filme ganhou na categoria ONGs, cineclubes e Pontos de Cultura. Eles são da cidade de Rio Claro, interior de São Paulo, e fazem parte do grupo Kino Olho, que nasceu em 2004 com sessões de cineclubismo e, aos poucos, se tornou também um grupo de produção. Para eles, os prêmios serão essenciais para continuar suas atividades: “As câmeras e a ilha de edição vão possibilitar que ampliemos nosso trabalho”, comemora Claudio, que participou como ator no curta. “É um estímulo para continuar”, acrescenta João Paulo Miranda, um dos coordenadores do Kino Olho.
Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=dNfjv1ntJvE
Conte a sua história
Os paulistanos Tatiana Bornatto e Gabriel Galindo, roteirista e diretor de “Tempo para ouvir o que quero dizer”, escolha no público na categoria Livre, pensaram em sua experiência de trabalho para deixar uma sugestão para quem quer se envolver com audiovisual e participar da próxima edição do Claro Curtas. “Minha dica é: pense bastante na ideia antes de realizá-la. A maior parte do tempo investido em um vídeo tem que se destinar à construção do roteiro, ao esforço de tentar transformar um tema – algo que você queira transmitir – em uma história. Assim, na hora de gravar, tudo parece fazer sentido e todas aquelas pessoas mobilizadas têm um propósito de estar aí”, arrisca Gabriel. Que venha o próximo festival!
Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=rSBQvkBwx7A

Educação Audiovisual

Projeto Uni Escolas Cinema da Universidade do Estado do Pará / Campus Vigia
Prof. Darcel Andrade

Uni-Escolas-Cinema

Projeto de Extensão Cineclubista

Com a palavra, os vencedores da 3ª edição do Claro Curtas, do site http://www.clarocurtas.com.br/noticias/noticias/detalhe/com-a-palavra,-os-vencedores-da-3-edicao-do-claro-curtas


Com a palavra, os vencedores da 3ª edição do Claro Curtas

Os contemplados nas diferentes categorias criadas este ano contam o que os motivou a participar do festival, como foi o processo de criação de seus vídeos e, claro, celebram suas conquistas. Confira os depoimentos.

06/09/2011
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Foto: Drago
Poucas ocasiões são tão contagiantes quanto uma premiação. Não tanto pelos prêmios, mas especialmente porque um ciclo de esforço e trabalho se encerra com celebração. Assim foi a cerimônia de encerramento da 3ª edição do Claro Curtas: animada, instigante, com aquele gostinho de “quero mais”.

Esse foi o tom dos depoimentos dos vencedores do evento, nas diferentes categorias competitivas do festival. Eles receberam seus prêmios (câmeras e valores em barras de ouro para os realizadores e equipamento de edição para as instituições a que estão ligados) após o encerramento do Seminário Claro Curtas, que aconteceu no Museu de Imagem e do Som de São Paulo – MIS-SP, no último dia 23 de agosto.

Grande parte dos finalistas esteve presente na ocasião, acompanhados de familiares e amigos, que vibraram junto com os ganhadores quando foram anunciados os prêmios. Outros desfrutaram da festa através da transmissão ao vivo do evento, disponibilizada no dia aqui no site.

Conversamos com os vencedores para saber detalhes de sua experiência, desde a ideia para realizar os curtíssimas até os planos para o futuro, passando pela motivação para se inscrever no festival. Confira os destaques abaixo.

Compartilhar ideias
O curitibano João Krefer, realizador de “Julho”, vencedor na categoria Universitários pelo voto da comissão julgadora conta que, no ano passado, sua primeira experiência de gravar um vídeo com celular o fez pensar no alcance que poderiam ter suas histórias. “Queria muito trabalhar com mídias móveis e, claro, também aproveitar a oportunidade de participar de um festival. O que eu acho interessante do Claro Curtas é a proposta de colocar os vídeos na internet e buscar um alcance realmente amplo. Por exemplo, o fato de que os finalistas das edições anteriores estejam disponíveis no site me pareceu ótimo. É muito importante que as pessoas realmente assistam aos nossos filmes”. 
Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=MVQ9sl8PS0M

O tempo do agora
“Pensamos em princípio: é um tema quase livre. Mas, ao mesmo tempo, era preciso chegar a uma abordagem específica. Começamos com a ideia de passagem do tempo, até que chegamos nessa história para mostrar a convivência de ritmos diferentes. O do caracol, mais lento, e o do homem”, explica Daniel Saraiva Rabanéa sobre o vídeo “Fome de tempo”, ganhador, pela comissão julgadora, da categoria livre. Daniel é de São Paulo, capital, foi um dos finalistas da edição anterior do Claro Curtas.
Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=emtyutxw8Zs

Trabalho em equipe
Agner Rebouças, que recebeu menção honrosa pela animação “Ação e Consequência” na categoria Universitários, diz que o grafite é referência constante para trabalhos que realiza em vídeo ou em outras plataformas – sempre com os companheiros do coletivo paulistano Grafite com Pipoca, do qual faz parte. “Trabalhamos normalmente com uma câmera digital simples, spray, papel e parede. Cada um coloca parte do material e do equipamento que usamos. Juntos, vamos realizando nossos projetos”.
Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=s8bvUZqMD-Y
De vídeo em vídeo
Para Daniel Varlese e os irmãos Ana Clara e Francisco Isensee, de “A segunda lei da termodinâmica”, que conquistou a comissão julgadora na categoria Alunos de Ensino Médio, participar do festival, junto à satisfação de ter um curta premiado, é um estímulo para pensar na carreira universitária que querem seguir. Daniel pretende estudar Artes Cênicas, enquanto Ana Clara e Francisco querem se envolver com audiovisual. Eles são unânimes ao falar da maior presença do vídeo nas aulas que têm no Colégio Domus, de São Paulo (SP), onde estudam atualmente: “Este ano, começaram a surgir mais trabalhos com audiovisual. Talvez os professores estejam prestando mais atenção nisso”, opinam.
Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=xdNnl1n6614

Stefany Wieh é professora do Colégio Estadual Getúlio Vargas, a única instituição de ensino médio do município Pedro Osório, Rio Grande do Sul, e concorda com Daniel, Ana Clara e Francisco. “O uso das tecnologias na escola e da linguagem audiovisual na atualidade é tão importante, em minha opinião, quanto aprender a ler e escrever. É fundamental para o aluno fazer leituras do mundo em que vivemos hoje”. O Getúlio Vargas é o colégio onde estuda Augusto Gowert Tavares, cujo vídeo “A cor do tempo” recebeu a maioria dos votos do público na categoria Alunos de ensino médio.

Dose dupla
João Paulo Miranda, Isadora Torres e Cláudio Torres, do vídeo “Brás Cubas – Delírios”, celebraram os dois prêmios (Comissão Julgadora e Júri Popular) que o filme ganhou na categoria ONGs, cineclubes e Pontos de Cultura. Eles são da cidade de Rio Claro, interior de São Paulo, e fazem parte do grupo Kino Olho, que nasceu em 2004 com sessões de cineclubismo e, aos poucos, se tornou também um grupo de produção. Para eles, os prêmios serão essenciais para continuar suas atividades: “As câmeras e a ilha de edição vão possibilitar que ampliemos nosso trabalho”, comemora Claudio, que participou como ator no curta. “É um estímulo para continuar”, acrescenta João Paulo Miranda, um dos coordenadores do Kino Olho.
Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=dNfjv1ntJvE
Conte a sua história
Os paulistanos Tatiana Bornatto e Gabriel Galindo, roteirista e diretor de “Tempo para ouvir o que quero dizer”, escolha no público na categoria Livre, pensaram em sua experiência de trabalho para deixar uma sugestão para quem quer se envolver com audiovisual e participar da próxima edição do Claro Curtas. “Minha dica é: pense bastante na ideia antes de realizá-la. A maior parte do tempo investido em um vídeo tem que se destinar à construção do roteiro, ao esforço de tentar transformar um tema – algo que você queira transmitir – em uma história. Assim, na hora de gravar, tudo parece fazer sentido e todas aquelas pessoas mobilizadas têm um propósito de estar aí”, arrisca Gabriel. Que venha o próximo festival!
Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=rSBQvkBwx7A