quinta-feira, 6 de junho de 2013

CINECLUBES É UMA GRANDE SACADA PARA AFIRMAR O CINEMA BRASILEIRO


Atitude criadora de Leopoldo Nunes, Secretário do Audiovisual, incentiva produção e exibição do cinema tupininquim



De cima pra baixo, de baixo pra cima, de fora pra dentro e de dentro pra fora, não importa, o que importa é que as forças de vontades políticas e dos realizadores do cinema brasileiro se encontrem para somar esforços e construírem uma grande escola de formação audiovisual.

Em entrevista para a Folha de São Paulo, veja o que diz o Secretário Leopoldo Nunes:


"Há um número limitado de cinemas no país, quase 2.500. O ideal seriam 4.000, mas isso não ocorrerá em curto prazo. Vamos investir em formas alternativas de difusão, como os 360 CEUs das Artes que serão construídos, cineclubes, Sescs, praças, pontos de exibição", disse.

Para ele, o governo não pode obrigar o público a assistir a um filme brasileiro, mas tem como obrigação garantir que eles sejam exibidos.
"Precisamos formar público, capacitar criadores e promover o encontro entre espectadores e obras nacionais. Há títulos ótimos que, mesmo com a cota de tela no cinema [exigência legal de exibição de filmes brasileiros], não têm condições de competir com estrangeiros."
A peça-chave da estratégia traçada por Leopoldo Nunes para o setor é a Programadora Brasil, programa federal que abastece hoje 1.625 pontos de exibição em 850 municípios com um acervo de quase mil obras nacionais.
"A meta é que, em dois anos, chegue a 4.000 títulos. Parte virá da digitalização de obras da Cinemateca [também ligada à secretaria]. Há um potencial enorme para exibir essas obras. Há 18 mil telecentros, as pessoas podem vê-las via internet."

Editoria de Arte/Folhapress
CINECLUBISMO EM ALTA NO BRASIL [Título adaptado]


por Marcos Manhãs

Com menos de um mês no cargo de secretário do audiovisual do Ministério da Cultura (MinC), Leopoldo Nunes apresentou os principais planos de políticas públicas da secretaria para o biênio 2013-2014, em encontro na 16ª Mostra de Cinema de Tiradentes. “Estamos fazendo esforço extra para elaborar planejamento e diretrizes para uma boa condução dos trabalhos durante o ano”, afirmou Nunes.

Ele reforçou o amadurecimento institucional da Secretaria do Audiovisual (SAV), desde a criação da Ancine em 2002. “É o acúmulo e a somatória de processos que avançam cada vez mais”.

Entre as principais medidas a tomar, Leopoldo pontua ser necessária uma atenção maior a duas instituições diretamente vinculadas à SAV: a Cinemateca Brasileira e o Centro Técnico Audiovisual (CTAV). “São instituições com problemas estruturais, que carecem de concursos
públicos e requerem mão de obra qualificada”.

Outra prioridade da SAV é o investimento na Programadora Brasil, que já disponibiliza um catálogo de mil títulos para exibição em cineclubes e salas não comerciais de cinema. “A Programadora fez o trabalho de digitalizar e reconstituir o catálogo do cinema brasileiro para que possamos conviver com as obras, senão os filmes deixam de existir. É um alerta para a questão do acervo e de sua disponibilização”.

Com a consolidação e a expansão da Programadora Brasil, a SAV planeja criar um circuito de quatro mil salas de cineclubes no País (atualmente existem 1650 salas não comerciais). “Temos a oportunidade de montar este circuito alternativo. O cineclubismo tem grande poder transformador e é possível pensar um sistema de contagem de público também para salas não comerciais”.


SEGUNDA MATÉRIA

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1203166-governo-projeta-rede-alternativa-de-cinema.shtml

OU
http://migre.me/eTmnf