Atitude criadora de Leopoldo Nunes, Secretário do Audiovisual, incentiva produção e exibição do cinema tupininquim
De cima pra baixo, de baixo pra cima, de fora pra dentro e de dentro pra fora, não importa, o que importa é que as forças de vontades políticas e dos realizadores do cinema brasileiro se encontrem para somar esforços e construírem uma grande escola de formação audiovisual.
Em entrevista para a Folha de São Paulo, veja o que diz o Secretário Leopoldo Nunes:
"Há um número limitado de cinemas no país, quase 2.500. O ideal seriam
4.000, mas isso não ocorrerá em curto prazo. Vamos investir em formas
alternativas de difusão, como os 360 CEUs das Artes que serão
construídos, cineclubes, Sescs, praças, pontos de exibição", disse.
Para ele, o governo não pode obrigar o público a assistir a um filme
brasileiro, mas tem como obrigação garantir que eles sejam exibidos.
"Precisamos formar público, capacitar criadores e promover o encontro
entre espectadores e obras nacionais. Há títulos ótimos que, mesmo com a
cota de tela no cinema [exigência legal de exibição de filmes
brasileiros], não têm condições de competir com estrangeiros."
A peça-chave da estratégia traçada por Leopoldo Nunes para o setor é a
Programadora Brasil, programa federal que abastece hoje 1.625 pontos de
exibição em 850 municípios com um acervo de quase mil obras nacionais.
"A meta é que, em dois anos, chegue a 4.000 títulos. Parte virá da
digitalização de obras da Cinemateca [também ligada à secretaria]. Há um
potencial enorme para exibir essas obras. Há 18 mil telecentros, as
pessoas podem vê-las via internet."
Editoria de Arte/Folhapress |